sexta-feira, 18 de junho de 2010

COMO A PSICOLOGIA SE ENCAIXA COM O ACONSELHAMENTO BÍBLICO?

“Como a psicologia se encaixa com aconselhamento bíblico?”
Psicologia secular, a qual se baseia principalmente nos ensinamentos de Sigmund Freud, Carl Jung e Carl Rogers, não se encaixa com aconselhamento bíblico. Esse também é o caso do que é chamado de “aconselhamento cristão”, porque aconselhamento “cristão” tem a psicologia secular, e não a Bíblia, como sua base. Isto não quer dizer que alguém que se chama de cristão não é também um conselheiro bíblico, mas muitas vezes conselheiros Cristãos usam a psicologia secular como o seu modo de ação.
Psicologia é definida como uma disciplina acadêmica que envolve o estudo científico dos processos mentais e de comportamento, bem como a aplicação desse conhecimento para as várias esferas da atividade humana. Psicologia é humanista por natureza. Humanismo afirma o valor e a dignidade de todos os povos com base na capacidade de determinar certo e errado através das qualidades humanas universais, especialmente a racionalidade. Humanismo rejeita a fé que não se baseia na razão, assim como o sobrenatural e a Bíblia. Portanto, a psicologia é a maneira do homem de tentar compreender e reparar o seu lado espiritual, sem qualquer referência ou reconhecimento do espiritual. A Bíblia declara que a humanidade teve um início diferente do que qualquer outra coisa criada. O homem foi feito à imagem de Deus e Deus soprou no homem (e só no homem) o fôlego da vida, transformando o homem em uma alma viva (Gênesis 1:26; 2:7). Na sua essência, a Bíblia trata da espiritualidade do homem, da sua queda em pecado no Jardim do Éden às consequências que se seguiram, particularmente no que diz respeito à relação do homem com Deus. É o resultado da queda – o pecado- que nos separa de Deus e que exige um Redentor para restaurar essa relação.
Psicologia secular, por outro lado, baseia-se na ideia de que o homem é basicamente bom e a resposta para seus problemas reside dentro de si. Com a ajuda do psicoterapeuta, e muitas vezes do conselheiro Cristão, o paciente se aprofunda no labirinto da sua própria mente e emoções e “lida com todos eles” a fim de sair do outro lado de uma forma mais saudável por ter descoberto a causa das suas dificuldades. A Bíblia, no entanto, pinta um quadro muito diferente da condição dos homens. Ela diz que eles estão “mortos nos vossos delitos e pecados” (Efésios 2:1) e que “enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer?” (Jeremias 17:9). O homem é a vítima do que é chamado de “depravação total”. Mergulhar em uma mente que está à procura da saúde mental é um exercício de futilidade, muito semelhante a tentar encontrar uma rosa crescendo no fundo de uma fossa.
O homem foi criado inocente, mas ele pecou contra Deus. Esse pecado mudou o primeiro homem, Adão, e todos os que vieram depois dele. O resultado foi morte física e espiritual (Gênesis 2:17, 5: 5; Romanos 5:12, Efésios 2:1). A resposta para os problemas espirituais do homem é nascer de novo, quer dizer, estar espiritualmente vivo (João 3:3, 6-7; 1 Pedro 1:23). O homem nasce de novo ao confiar em Jesus Cristo. Confiar em Jesus significa compreender que Ele é único Filho de Deus e o Deus Filho (João 3:16, João 1:1-3). Significa entender e acreditar que Jesus pagou pelos nossos pecados quando morreu na cruz, e que Deus demonstrou ter aceitado Cristo como um sacrifício por nós ao ressuscitar Jesus dentre os mortos (Romanos 4:24-25).
Conselheiros bíblicos, ao contrário de psicoterapeutas e muitos “conselheiros Cristãos”, enxergam a Bíblia – e só a Bíblia – como a fonte de uma abordagem abrangente e detalhada para compreender e aconselhar pessoas (2 Timóteo 3:15-17; 2 Pedro 1:4). Aconselhamento Bíblico tem como objetivo deixar com que Deus fale por Si mesmo através da Sua Palavra, assim como aprender a manejar a Palavra da Verdade corretamente (2 Timóteo 2:15). Aconselhamento Bíblico segue a Bíblia e procura ministrar o amor do Deus verdadeiro e vivo, amor este que lida com o pecado e produz obediência (1 João).
Psicoterapia e muito do aconselhamento Cristão são baseados em necessidades. As necessidades de autoestima, de amor, de aceitação e de importância tendem a dominar. Acredita-se que se essas necessidades forem satisfeitas, as pessoas serão felizes, gentis e morais; se não forem satisfeitas, as pessoas vão ser miseráveis, odiosas e imorais. A Escritura ensina que é Deus, e não nós, quem muda os nossos desejos e que a verdadeira felicidade só pode ser encontrada através do desejo por Deus e de viver uma vida que O agrada. Se as pessoas almejam a auto-estima, amor e significado, elas vão ser felizes se recebem o que querem e miseráveis se não, mas uma coisa é certa: elas continuarão sendo focalizadas em si mesmas em ambos os casos. Por outro lado, se as pessoas desejam a Deus, o Seu reino, Sua sabedoria e a glória da ressurreição, elas serão realmente satisfeitas, alegres, obedientes e bons servos de Deus.
Embora psicoterapeutas seculares tentem ajudar o paciente a encontrar dentro de si mesmo o poder para satisfazer suas próprias necessidades, para a maioria dos psicólogos cristãos, Jesus Cristo é quem tem o poder para cuidar das necessidades e das feridas do psiquismo. O paciente é apenas convidado a perceber o quanto ele é amado por Deus, e a cruz demonstra apenas como ele é precioso para Deus, a fim de aumentar sua auto-estima e para satisfazer a sua necessidade de ser amado. Mas na Bíblia, no entanto, Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus crucificado no lugar dos pecadores. O amor de Deus realmente acaba com a busca incessante da auto-estima. Ele produz, em vez disso, uma grande e grata estima pelo Filho de Deus, o Cordeiro digno de louvor, o qual nos amou e deu a Sua vida por nós. O amor de Deus não atende às nossas luxúrias de ser amado como nós somos. Ele acaba com esse desejo enganador a fim de nos amar apesar de quem realmente somos e para nos ensinar a amar a Deus e ao próximo (1 João 4:7-5:3).
Quando uma pessoa pecaminosa procura por um psicólogo secular ou um conselheiro cristão a fim de satisfazer suas necessidades ou para alcançar felicidade, autoestima e satisfação, ela vai inevitavelmente sair desse aconselhamento se sentindo vazia. Jesus disse que temos que morrer para nós mesmos e nascer de novo. Quando nos aproximamos dEle, devemos ter a intenção de colocar de lado a velha natureza, não só consertá-la, e de nos vestir da nova natureza, a natureza que vive para Cristo e que procura servir a Ele e a outras pessoas por amor ao que Ele fez. Conselheiros verdadeiramente bíblicos procuram ajudar os seus clientes a fazer justamente isso. Eles seguem a Bíblia e visualizam o aconselhamento como uma atividade pastoral cujo objetivo não é a autoestima, mas a santificação, quer dizer, crescimento em piedade e em viver à semelhança de Cristo.
GotQuestions / Padom

Um comentário:

Anônimo disse...

Linda mensagem!
Miriam Simões