sábado, 25 de abril de 2009

Orar em nome de Jesus nos dá tudo o que queremos?

Vi este vídeo e achei muito rica a mensagem de Dave Hunt. Creio que será escalrecedora para muitos que usam de forma irresponsável e leviana o nome do nosso Senhor Jesus, invocando-o para "exigir" desejos carnais, pecaminosos, egoístas. Que o Espírito Santo mova seu coração ao entendimento desta mensagem.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

OS FATOS SOBRE O MOVIMENTO DA FÉ - John Ankerberg e John Weldon

Quais os ensinos fundamentais do Movimento da Fé?

O Movimento da "Fé" acredita que a mente e a língua humanas contêm uma habilidade ou poder sobrenatural. Quando alguém fala, expressando a sua fé em leis supostamente divinas, seus pensamentos e expressão verbal positivos produzem uma "força" supostamente divina que irá curar, proporcionar riqueza, trazer sucesso e, de outras maneiras, influenciar o ambiente. Kenneth Copeland ensina que "a força poderosa do mundo espiritual, o qual cria as circunstâncias que nos rodeiam, é controlada pelas palavras pronunciadas pela boca humana. Essa força vem de nosso interior".[1] Portanto, "não há nada nesta terra tão grande ou poderoso... que não possa ser controlado pela língua... É até possível controlar Satanás, aprendendo a controlar a própria língua".[2]

Segundo os pregadores da "Fé", Deus responde automaticamente e realiza o que ordenamos quando confessamos nossas necessidades e desejos pela fé, de maneira positiva.[3]

Por isso os cristãos devem supostamente aprender a operar seu homem interior ou "homem espiritual" no poder do mundo espiritual, mediante leis sobrenaturais, leis que irão funcionar para qualquer indivíduo, quer crente ou incrédulo.[4]

Segundo observa Charles Capps: "As palavras são a coisa mais poderosa do Universo"; "Isso não é teoria, é fato. É uma lei espiritual"; e: "Esses princípios de fé são baseados em leis espirituais. Eles funcionam para quem quer que aplique essas leis. Você os faz funcionar pelas palavras da sua boca".[5] A não ser que os cristãos obedeçam a essas leis e as apliquem com sucesso, o próprio Deus fica prejudicado em Sua possibilidade de agir na vida deles. Por quê? Porque tanto Deus como os cristãos são limitados por essas leis. Fred K. C. Price e outros ensinam que da mesma forma que o poder de Deus tem origem na fé que Ele exerce nas palavras que profere, o mesmo se aplica aos cristãos.[6] Por exemplo, "Deus criou o universo pelos métodos que você acabou de colocar em prática pelas palavras de sua boca. Deus liberou a Sua fé em palavras".[7]

Isso significa que tanto o homem quanto Deus são limitados em sua capacidade de agir sobrenaturalmente, a não ser que as fórmulas de fé adequadas sejam ditas, permitindo que o seu poder opere.[8] Só quando homens e mulheres imitam a Deus e Suas leis, eles podem realizar milagres.

Por exemplo, "Deus criou o universo dizendo que este viesse a exisitr. Ele deu a você essa mesma habilidade na forma de palavras."[9] Deus é, portanto, um Deus de "palavra de fé", que criou o homem à Sua imagem e lhe deu o potencial de usar o poder que Ele manifestou na criação.[10] "O homem é então um espírito, perfeitamente capaz de operar no mesmo nível de fé que Deus."[11] Como resultado, "você tem o poder de Deus à sua disposição".[12] Tudo isso explica porque a maioria dos pregadores da Fé pensa que o homem é um deus literal – nas palavras de Copeland, um ser "da classe de Deus".[13] Ao imitar o uso das leis cósmicas por Deus, o homem pode realizar atos sobrenaturais como os dEle.

Mas os pregadores da Fé também afirmam haver perigo em tudo isso. Essas leis cósmicas operam indiscriminadamente. Se os cristãos não tiverem cuidado, Satanás pode enganá-los porque tem igualmente condições de operar, usando as línguas de homens da classe de Deus.[14] Por exemplo, a "confissão negativa" – qualquer coisa dita que negue os princípios do Movimento da Fé – permite que Satanás entre na vida dos cristãos e os engane.

Em qualquer caso, até a missão do próprio Cristo é adequada à filosofia da Fé. Por que Jesus veio? Segundo o Movimento da Fé, uma razão da vinda de Jesus foi transformar-nos em "Cristãos da Fé" fortes, que pudessem fazer as coisas que Ele fez – e coisas maiores ainda. Jesus veio a este mundo por causa do poder da palavra proferida por Deus e por causa da fé que Deus tem na Sua fé.[15] De fato, Jesus foi a síntese do verdadeiro homem de "Fé". Ele sabia como usar perfeitamente as leis espirituais do Universo[16] e, portanto, tinha imensos poderes e fazia milagres incríveis. Assim sendo, Jesus foi um exemplo do Homem Bem-Sucedido. Robert Tilton ensina: "Jesus veio para livrar a humanidade do fracasso e nos levar ao sucesso".[17] E: "Deus criou o homem para ter sucesso, mas ele falhou... Deus enviou então Jesus para resgatar-nos do fracasso e restaurar-nos à posição de sucesso... (Por causa do nosso fracasso) Deus preparou um novo plano. Esse plano foi enviar Jesus. Mediante Jesus recebemos força e poder para sermos bem-sucedidos..."[18]

No livro Commanding Power (Poder Que Comanda), Kenneth Hagin Jr. ensina que a expiação de Cristo trouxe aos cristãos o "poder de comandar" ou a habilidade de ordenar que as coisas que nos rodeiam se conformem aos nossos desejos. "Nosso problema é que oramos e confessamos muito, mas não mandamos. É gostoso mandar!... Jesus já pagou o preço para fazermos isso..."[19]

Além disso, na cruz e no inferno, Jesus não só derrotou Satanás e sofreu o castigo pelo pecado, como também levou sobre Si a maldição da lei (Gl 3.12), pagando o preço pelas nossas fraquezas, pobreza e doença, a fim de que cristão nenhum tenha de experimentá-las.[20]

Isso significa que, para o Movimento da Fé, Jesus não é simplesmente nosso Salvador do pecado. Ele é o Redentor da nossa Fé, o exemplo perfeito dos "princípios da Fé" em ação. Como "pequenos cristos" e "pequenos deuses", devemos ser imitadores dEle.

Qual a relação entre os ensinos do Movimento da Fé e a teologia das seitas?

A maioria dos pregadores da Fé afirmou publicamente que não ensina a "Ciência Cristã", "Poder da Mente" ou o "Novo Pensamento".[21] Isso parece indicar que até os próprios pregadores da Fé reconhecem suas similaridades com sistemas heréticos ou, pelo menos, têm conhecimento das acusações feitas por outros.

Não obstante, apesar dos desmentidos, em muitos pontos seus ensinamentos são semelhantes ou quase idênticos aos encontrados nas religiões do "Poder da Mente".[22] Os conceitos de confissão positiva, prosperidade e sucesso, saúde divina, manipulação da criação, negativa sensorial, e rejeição implícita da medicina científica podem ser todos encontrados nas teologias do "Poder da Mente" dos séculos dezenove e vinte, tais como a "Unity School of Christianity" ("Escola Unitária do Cristianismo"), "New Thought" ("Novo Pensamento"), e "Science of Mind" ("Poder da Mente"). [Esses três grupos, juntamente com o Movimento da Fé, também ensinam que a "confissão negativa" pode produzir doenças, tragédia e até a morte.]

De fato, alguns ensinos e práticas contidos no Movimento da Fé também são encontrados em outras religiões e seitas não-bíblicas. Por exemplo, o conceito dos crentes serem "deuses" ou terem poderes divinos é encontrado no mormonismo e no "armstronguismo" (Igreja de Deus Universal – N. R.). A prática de "decretar" a existência de coisas pode ser vista em alguns grupos ocultistas e orientais, tais como a Igreja Universal e Triunfante, e o budismo Nichiren Shoshu.

Talvez seja por isso que o historiador carismático D. R. McConnel documenta tão prontamente a origem pagã do Movimento da Fé através de E. W. Kenyon:

[O Pai moderno do Movimento da Fé, Kenneth] Hagin plagiou E. W. Kenyon, em palavras e conteúdo, na maior parte da sua teologia. Todos os pregadores da Fé, inclusive Kenneth Hagin e Kenneth Copeland, quer admitam ou não, são filhos e netos espirituais de E. W. Kenyon. Foi Kenyon, e não Hagin, que formulou as principais doutrinas do moderno Movimento da Fé... Os alicerces da teologia de Kenyon foram formados nas seitas metafísicas, especialmente no "Novo Pensamento" (New Thought) e na "Ciência Cristã"... Kenyon tentou forjar uma síntese dos pensamentos metafísico e evangélico... O resultado na teologia da Fé é uma estranha mistura de fundamentalismo bíblico e metafísica do Novo Pensamento.[23]

Por exemplo, considere como as influências das seitas no Movimento da Fé se entrelaçaram na doutrina da cura:

A teologia da cura do Movimento da Fé não está baseada na capacidade de detectar sintomas, mas em negá-los. Os sintomas físicos não são reais. Mas eles irão tornar-se reais se o crente reconhecer a sua existência e deixar de aplicar os princípios da cura espiritual. Só quem não sabe crer em Deus para a cura espiritual irá recorrer à medicina científica. A visão da "Fé" quanto à medicina científica é pagã... e é a mesma visão pregada pelo fundador da metafísica do século dezenove, P. P. Quimby.[24]


Conclusão

Em seu confronto com a Igreja de Roma, Martim Lutero confessou que, a não ser que fosse "convencido pelos testemunhos das Sagradas Escrituras ou razão evidente", ele estava "obrigado pela Escritura" a manter os princípios da Reforma. Não era "seguro nem correto" agir contra a sua consciência nesse aspecto. Para Lutero, a Escritura estava acima de toda experiência e acima de todas as afirmações extra-bíblicas de revelação divina – e, por causa dessa sua posição, a igreja tem uma dívida incomensurável para com ele. Do mesmo modo, ao examinar o Movimento da Fé, só as Escrituras devem ser o nosso padrão – e não a experiência ou novas alegações de revelação divina. (John Ankerberg e John Weldon - http://www.chamada.com.br)


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...os pregadores da Fé têm sido hábeis em disfarçar-se de carismáticos... [mas] tanto "as raízes como os frutos" da teologia da Fé são decididamente metafísicos...
– Hank Hanegraaff - Presidente do Instituto Cristão de Pesquisas nos EUA e autor do livro Cristianismo em Crise (citação do Prefácio de "A Different Gospel", edição atualizada, de D. R. McConnell).

Graças a Deus por mais este trabalho que vem fortalecer a refutação à Teologia da Saúde e da Prosperidade em solo brasileiro. Este livro revela muitas declarações absurdas de vários pregadores da Confissão Positiva nos EUA, mostrando o caráter herético dessa corrente doutrinária. É, sem dúvida, um forte alerta aos crentes no Brasil, para que não venham a seguir o exemplo de tais líderes na outra América.
– Pr. Paulo Romeiro - Presidente do AGIR e autor dos livros SuperCrentes e Evangélicos em Crise.
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Notas

Kenneth Copeland, The Laws of Prosperity, 1989, 83.
Copeland, The Power of the Tongue, 1991, 29, 20, 30.
Copeland, The Power, 3, 8, 23; The Image of God in You, 1990, 4-12; You’re Right Standing With God, 1991, 13; The Laws of Prosperity, 83.
E. g., Copeland, The Power, 6, 24; The Image of God, 2; Prosperity: The Choice is Yours, 1990, 4-5, 30.
Charles Capps, God’s Creative Power Will Work for You, 1976, 1-2.
Copeland, The Power, 4, 7, 23-24; Prosperity: The Choice, 18; The Laws of Prosperity, 84; cf. Fred K.C. Price, How Faith Works, 101.
Capps, God’s Creative Power, 25; cf. Fred K.C. Price, How Faith Works, 99; cf. Price, "The Power of Positive Confession", fita cassete Nº 46 (1988), Krenshaw Christian Center, Los Angeles, CA.
Copeland, The Power, 8, 15; The Outpouring of the Spirit: The Result of Prayer, 1991, 19; Our Covenant with God, 1991, 32.
Capps, God’s Creative Power, última capa.
Ibid., 3.
Ibid., 1.
Copeland, The Power, 15.
Copeland, The Power, 8.
Ibid., 8, 21.
Ibid., 10; Copeland, Our Covenant with God, 21, 27.
Copeland, The Power, 16.
Robert Tilton, God’s Laws of Success, 1985, 27.
Ibid., 113.
Kenneth Hagin Jr., Commanding Power, 1984, 12-13.
Copeland, The Power, 10; A Covenant of Blood, 1987; Our Covenant, 28, 33, 37.
E. g., Tilton, Metamorphosis of the Mind, 1987, 18; Savelle, God’s Provision, 19; Osteen, The Confessions of a Baptist Preacher, 1983, 11.
E. g., Savelle, God’s Provision for Healing, 19, 22; Capps, God’s Creative Power, 14-17; Angels, 1984, 84, 127, How to Have Faith in Your Faith, 1986, 129. Changing the Seen, 8-12, passim; Osteen, The Confession, 27-29; K. Hagin, Jr., Commanding Power, Words, 1991, The Key to the Supernatural, 1986, passim; Robert Tilton, Acknowledging Good Things, 7, 55, 65, 89-90, Charting Your Course, 30, 77-78, 81-82, 85, 92-100, God’s Laws, 5, 10, 23, passim. Em comparação, Riches Within Your Reach: The Law of Higher Potential (1976) de Robert Collier, escritor do Novo Pensamento, em muitos pontos não se distingue dos ensinamentos da "Fé".
McConnell, A Different Gospel, 184-186.
Ibid., 154-155.
Extraído do livro Os Fatos Sobre o Movimento da Fé.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

CURSO SOBRE O APOCALIPSE DE JOÃO

o blog "Sola Scriptura", numa parceria com o Instituto Galiléia de Tradução da Bíblia (www.galileia.com), dará início, dia 04 de maio de 2009, a um curso exegético totalmente virtual com total interação aluno-professor. O Curso será dado em sala de aula virtual com os recursos mais avançados em EAD, utilizando a plataforma Moodle, uma das mais usadas no mundo para ensino à distância (www.solascriptura.com.br/ead). Na sala você encontrará, além dos textos do curso, vídeos, fórum, chat e inúmeras atividades que lhe permitirão compreender a mensagem do Apocalipse de João. O Valor do curso, que será certificado pelo Instituto Galiléia, será de R$ 50,00. Para maior detalhe, entre em contato conosco: airtonwilliams@globo.com

A CERTEZA DE SALVAÇÃO PODE SER ABALADA, DIMINUÍDA E INTERROMPIDA POR CAUSA DA NEGLIGÊNCIA, PECADO, TENTAÇÃO OU PROVA

Crentes verdadeiramente lavados, regenerados, podem pecar? A resposta a tal pergunta depende, em muito, da nossa compreensão da obra salvífica realizada por Cristo, na cruz do Calvário. Há aqueles que acreditam que crentes verdadeiros não pecam mais após sua conversão. Entendem que um novo coração lhes foi dado e que, por isso, estão isentos de queda. Por outro lado, há os que entendem que crentes podem pecar, sim, pois apesar de redimidos, ainda lutam com um corpo corrompido pelo pecado, e que o velho homem não morre de imediato, mas diarimente, à medida que a santificação ocorra em sua vida.
É dentro desta última linha que se situa a Confissão de Fé de Westmister, quando declara:
Os verdadeiros crentes podem ter, de diversas maneiras, a segurança de sua salvação abalada, diminuída e interrompida - negligenciando a conservação dela, caindo em algum pecado especial que fira a consciência e entristeça o Espírito Santo, cedendo a fortes e repentinas tentações, retirando Deus a luz de seu rosto e permitindo que andem em trevas e não tenham luz mesmo os que o temem....

O pecado de Davi ao adulterar com Bate-Seba, bem como o assassinato planejado de seu esposo, nos levam a tal reflexão. Não há dúvidas que Davi seja um filho da promessa, regenerado pela fé em Cristo. Não obtemos tal certeza somente a partir das narrativas do Antigo Testamento, mas o próprio Novo Testamento o declara ao dizer que o mesmo era “homem segundo o coração de Deus” (At 13.22).
A salvação de uma pessoa não implica na sua incapacidade de pecar novamente, mas na incapacidade de sentir prazer ao viver no pecado. A mente de um regenerado é uma mente renovada por Cristo, por isso, ainda que possa cair, sua mente, consciência o acusará dolorosamente, pois verá a ignomínia a que expõe o Filho de Deus, morto na cruz do Calvário por seu pecado.
É exatamente por isso que vemos a dor e aflição de Davi, diante do seu pecado, no salmo 51. No v. 12 o salmista suplica: “Restitui-me a alegria da salvação, e sustenta-me com um espírito voluntário”. Observe duas facetas deste clamor: primeiro, o pecado cometido havia lhe roubado a alegria da salvação, de tal maneira que o salmista tinha medo de ser rejeitado pelo Senhor (v.11). Estas palavras apontam para aquilo que é mais importante para o filho de Deus, regenerado pelo Cordeiro, Jesus: a sua salvação. O pecado cometido lhe traz a consicência da sua miserabilidade, a percepção que nada merece do seu Deus, e por isso teme. O temor, por sua vez, gera a tristeza, o remorso, a dor. Filhos de Deus regenerados podem pecar, mas muito sentirão o seu ato.
O segundo aspecto da súplica de Davi revela a sua incapacidade de viver por conta própria diante do seu pecado: “sustenta-me com um espírito volutário”. A palavra voluntário em hebraico seria melhor traduzida por generoso. O que o salmista expõe é a sua necessidade que Deus se compadeça dele e lhe sustente, lhe ajude a permanecer firme. Para isto, suplica que Deus lhe seja generoso, misericordioso. Consequência natural do pecado é a falta de chão. O filho de Deus, nascido em Jesus, perde o rumo, a perspectiva, quando se vê envolvido pelo pecado. Tudo o que lhe sobra é o desespero e um olhar suplicante ao seu Deus para que lhe perdoe e lhe renove a fé.
Este desespero encontra sentido no princípio bíblico que diz que os nossos pecados fazem separação entre nós e o o nosso Deus (Is 59.2). Por isso, quando aquele que é nascido de Deus peca, o rosto do Senhor se volta contra ele, a luz é retirada, a paz roubada, e o coração entra em crise. Assim, somente em arrependimento o filho de Deus pode encontrar o caminho da luz, da paz e da alegria.
Entretanto, apesar desta experiência desagradável ser possível as Escrituras nos ensinam que o verdadeiro salvo não fica privado da semente de Deus, a qual a seu tempo o restaura da condição de pecado ou tribulação para a grata alegria da salvação, como podemos ver em 1 Jo 3.9: “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus”.
Esta semente divina no crente que o livra da queda da graça é ativada pela presença do Espírito Santo. É Ele quem nos sustenta, nos alimenta e nos fortalece para os dias difíceis quando somos assolapados em nossa fé. Porque o Espírito Santo habita em nós, somos trazidos de volta ao caminho da luz, ainda que a ira de Deus se levante contra nós. De acordo com Hebreus 12.4-8 nos relembra que Deus, como Pai, disciplina ao filho que ama, e que se não disciplina, é porque não é filho legítimo. Se somos da semente divina, muito sofreremos, muitas dores teremos, pois estaremos debaixo da ira disciplinar de Deus. Todavia, a ira do Senhor pode durar a noite toda, mas se somos filhos, com certeza a alegria virá pela manhã, quando a disciplina tiver completado o seu propósito. Assim, os filhos legítimos do Senhor aceitarão a disciplina, seja ela dada diretamente por Deus ou pela Igreja, e em meio às lágrimas se alegrarão por saberem que somente sofrem a disciplina os filhos regenerados, lavados por Jesus.